Os investigadores dizem que não existe. Mas decidi testar ainda assim.
Apenas como curiosidade, há uns dias decidi testar qual dos meus hemisférios cerebrais está mais desenvolvido. O resultado? São exactamente iguais (veja a imagem em baixo).
Este resultado confirmou o que eu já suspeitava há algum tempo: O meu cérebro anseia a igualdade e equilíbrio em todas as coisas e não gosta de lidar com termos absolutos, especialmente quando há vários fatores a considerar.
Tenho a certeza que muitos Community Managers se relacionam com a necessidade que o meu cérebro sente em encontrar um sentido lógico para a análise de resultados dos social media.
Por outro lado, um número é um número. Cinquenta “Gostos” no Facebook significa que 50 pessoas viram a minha publicação no Facebook e tiveram a iniciativa de fazer “Gosto” – o que é melhor do que 20 pessoas, mas não tão bom do que 100 – fim da história.
No entanto, também sabemos que o verdadeiro valor ou significado por de trás dos 50 “Gostos” podem ser coloridos por um número virtualmente ilimitado de considerações, variáveis e dados dependentes de cada situação.
As possibilidades surpreendem (os dois hemisférios) da minha mente.
No entanto, o meu cérebro decidiu fazer uma pausa na criação de artigos para o blogue e ambos os hemisférios concordaram em olhar para os artigos de 2014 com maior desempenho no Facebook e no LinkedIn.
Aliás, tive mesmo de pensar qual seria o melhor ângulo para este artigo. O meu objetivo é educar, não promover. Por isso, não queria simplesmente despejar aqui uma “lista dos melhores conteúdos por social media” (Mas, se o que procura é um resumo de alguns artigos que perdeu em 2014 ou ideias do que partilhar nas redes sociais, estas listas estão aqui para si).
A minha intenção é demonstrar como é que utilizo este tipo de dados para melhorar os meus esforços editoriais e de marketing. Partilho o que mais me surpreendeu e como decidi mudar a minha estratégia – como resultado daquilo que aprendi.
Como utilizar as estatísticas dos Social Media?
Em primeiro lugar, é importante notar que, enquanto consigo controlar os dados de partilha nas redes sociais, esse não é o cálice sagrado pelo qual meço o sucesso ou o fracasso dos meus conteúdos (e não quero dar essa impressão).
No entanto, analiso estes dados pois dá-me uma visão em duas áreas:
- Marketing e Social Media: eu tenho um plano de canais de distribuição dos conteúdos que vou criando. Esse plano abrange os conteúdos que mais fazem eco entre o público no Facebook, LinkedIn, Twitter, SlideShare – e em outras plataformas. A partilha social, ajuda-me a perceber o que é que o público mais gosta, para que eu possa criar mais conteúdos sobre as mesmas áreas. Como já referi no artigo sobre como aumentar o alcance orgânico no Facebook, costumo ainda partilhar nesses canais artigos antigos que tiveram um bom desempenho no passado.
- Editorial: Saber quais os tópicos mais populares para a minha audiência ajuda-me a criar o meu calendário editorial.
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O que me surpreendeu: O que mais me surpreendeu foram os tópicos que melhor performance tiveram nesta rede. Antes de analisar os dados, apostaria que os que atrairiam maior atenção seriam os de interesse mais geral (social media, considerações, novidades). Contudo, descobri que o meu Top 10 artigos com mais gostos no Facebook estão mais concentrados em B2B.
Como ajustei a estratégia: O Facebook é a rede social onde eu agora partilho menos artigos. Uma das razões é o facto de querer encorajar as pessoas a subscreverem por email. Por outro lado, vou partilhar mais conteúdos que incentivem a conversação dos utilizadores.
Pergunte-se a si mesmo: Faz sentido partilhar os seus conteúdos em todos os canais que existem ou existem canais onde o conteúdo que partilha faz mais sentido para a sua audiência? Se este for o caso, poderá querer considerar se faz mais sentido direcionar os seus recursos para as redes onde não está a oferecer valor.
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O que me surpreendeu: Se tivesse de apostar que tipo de conteúdos têm melhor performance no LinkedIn, apostaria sem dúvida em tópicos relacionados com carreira e vendas. Contudo, descobri que o meu Top 10 artigos mais partilhados nesta rede estava focados noutras áreas, como otimização de estratégias e ferramentas de gestão.
Como ajustei a estratégia: Os resultados obtidos no LinkedIn mostram-me que não posso parar de avaliar a performance dos tópicos nesta plataforma. Com isto em mente, comecei a analisar quais as funções das pessoas (tanto na indústria de marketing como online) que mais partilham os meus artigos nesta rede. Comecei a olhar para “fora” dos meus contactos regulares para encontrar outras vozes e aumentar o alcance do Community Manager Portugal.
Pergunte-se a si mesmo: Como é que os influenciadores da sua rede podem ajudá-lo a aumentar o alcance dos seus conteúdos nos seus canais de distribuição prioritários?
Entre todas as plataformas
Além do que apurei ao analisar cada rede social individualmente, tentei encontrar artigos que se destacassem em todos os canais. Por exemplo, o artigo Qual é o tamanho das imagens das Redes Sociais? surgiu nos dois Top 10 e foi o artigo com mais visualizações no website.
Lição aprendida: Não avalie os seus conteúdos apenas em cada plataforma. Monitorize todos os canais num só painel. Acompanhar se existem conteúdos que mais se destacam pode ajudar a encontrar novos temas e formatos para partilhar e acrescentar valor à sua audiência.
De volta a si…
É claro que esta avaliação de “Top’s” é de alguma forma superficial e não científica – mas até evidências anedóticas como esta podem ser uma boa forma dos content marketers identificarem oportunidades, definirem prioridades e reconhecerem padrões de aumento de tráfego que podem ser explorados com mais detalhe a partir desta análise.
*Nota: Os valores apresentados são relativos a artigos partilhados entre janeiro e dezembro de 2014. Os dados foram recolhidos durante a primeira semana de janeiro.